quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

O que fazer para melhorar o cérebro ?



Por dentro do cérebro - Dr Paulo Niemeyer Filho / Neurocirurgião
Parte da entrevista da revista PODER, ao neurocirurgião Paulo Niemeyer Filho, abaixo, quando lhe foi perguntado:

O que fazer para melhorar o cérebro ?
Resposta: Vc. tem de tratar do espírito. Precisa estar feliz, de bem com a vida, fazer exercício. Se está deprimido, reclamando de tudo, com a auto estima baixa, a primeira coisa que acontece é a memória ir embora; 90% das queixas de falta de memória são por depressão, desencanto, desestímulo. Para o cérebro funcionar melhor, você tem de ter alegria. Acordar de manhã e ter desejo de fazer alguma coisa, ter prazer no que está fazendo e ter a auto estima no ponto.

PODER: Cabeça tem a ver com alma?
PN: Eu acredito que a alma está na cabeça. Quando um doente está com morte cerebral, você tem a impressão de que ele já está sem alma... Isso não dá para explicar, o coração está batendo, mas ele não está mais vivo. Isto comprova que os sentimentos se originam no cérebro e não no coração.

PODER: O que se pode fazer para se prevenir de doenças neurológicas?
PN: Todo adulto deve incluir no check-up uma investigação cerebral. Vou dar um exemplo: os aneurismas cerebrais têm uma mortalidade de 50% quando rompem, não importa o tratamento. Dos 50% que não morrem, 30% vão ter uma sequela grave: ficar sem falar ou ter uma paralisia. Só 20% ficam bem. Agora, se você encontra o aneurisma num checkup, antes dele sangrar, tem o risco do tratamento, que é de 2%, 3%. É uma doença muito grave, que pode ser prevenida com um check-up.

PODER: Você acha que a vida moderna atrapalha?
PN: Não, eu acho a vida moderna uma maravilha. A vida na Idade Média era um horror. As pessoas morriam de doenças que hoje são banais de ser tratadas. O sofrimento era muito maior. As pessoas morriam em casa com dor. Hoje existem remédios fortíssimos, ninguém mais tem dor.

PODER: Existe algum inimigo do bom funcionamento do cérebro?
PN: Todo exagero.Na bebida, nas drogas, na comida, no mau humor, nas reclamações da vida, nos sonhos, na arrogância,etc.O cérebro tem de ser bem tratado como o corpo. Uma coisa depende da outra.É muito difícil um cérebro muito bom num corpo muito maltratado, e vice-versa.

PODER: Qual a evolução que você imagina para a neurocirurgia?

PN: Até agora a gente trata das deformidades que a doença causa, mas acho que vamos entrar numa fase de reparação do funcionamento cerebral, cirurgia genética, que serão cirurgias com introdução de cateter, colocação de partículas de nanotecnologia, em que você vai entrar na célula, com partículas que carregam dentro delas um remédio que vai matar aquela célula doente que te faz infeliz. Daqui a 50 anos ninguém mais vai precisar abrir a cabeça.

PODER: Você acha que nós somos a última geração que vai envelhecer?
PN: Acho que vamos morrer igual, mas vamos envelhecer menos. As pessoas irão bem até morrer. É isso que a gente espera. Ninguém quer a decadência da velhice. Se você puder ir bem mentalmente ,com saúde, e bom aspecto, até o dia da morte, será uma maravilha.

PODER: Hoje a gente lida com o tempo de uma forma completamente diferente. Você acha que isso muda o funcionamento cerebral das pessoas?
PN: O cérebro vai se adaptando aos estímulos que recebe, e às necessidades. Você vê pais reclamando que os filhos não saem da internet, mas eles têm de fazer isso porque o cérebro hoje vai funcionar nessa rapidez. Ele tem de entrar nesse clique, porque senão vai ficar para trás. Isso faz parte do mundo em que a gente vive e o cérebro vai correndo atrás, se adaptando.

Poder:Você acredita em Deus?
PN: Geralmente depois de dez horas de cirurgia, aquele estresse, aquela adrenalina toda, quando acabamos de operar, vai até a família e diz:"Ele está salvo".Aí, a família olha pra você e diz: " Graças a Deus, doutor !!! ".

Então, a gente acredita que não fomos apenas nós,
que existe algo mais, independente de religião.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

MINEIRO não mente: Só que é MUITO criativo...






MINEIRO não mente: Só que é MUITO criativo...


Um mineiro, lá de Curvelo, tinha 11 filhos, precisava sair da casa onde morava e alugar outra, mas não conseguia por causa do monte de crianças.
Quando ele dizia que tinha 11 filhos, ninguém queria alugar porque sabiam que a criançada irá destruir a casa e ele não podia dizer que não tinha filhos, não podia mentir, afinal, os mineiros não podem mentir.
Ele estava ficando desesperado, o prazo para se mudar estava se esgotando.
Daí teve uma ideia: mandou a mulher ir passear no cemitério com 10 dos filhos.
Pegou o filho que sobrou e foi ver casas junto com o agente da imobiliária. Gostou de uma e o agente perguntou quantos filhos ele tinha.
Ele respondeu que tinha 11.
Daí, o agente perguntou:
- Mas onde estão os outros?
E ele respondeu, com um ar muito triste:
- Estão no cemitério, junto com a mamãe deles.
E foi assim que ele conseguiu alugar uma casa sem mentir...

A inteligência faz a diferença. Não é necessário mentir, basta escolher as palavras certas. 

OBRAS MORTAS - Joyce Meyer - Segunda 14/02/2011

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Wando distribuía maçãs, pêssegos em calda e rosas


Morreu, por volta das 8h desta quarta-feira, o cantor Wanderley Alves dos Reis, o Wando, ao 66 anos de idade, vítima de uma parada cardio-respiratória. Ele estava internado desde o dia 27 de janeiro no Hospital Biocor, em Nova Lima, Minas Gerais, onde deu entrada queixando-se de dores no peito. Conhecido por sucessos como "Fogo e paixão", o cantor teve um princípio de infarto no final de janeiro e passou por uma angioplastia coronária para desobstrução das artérias do coração. O corpo de Wando será velado às 17h no cemitério Bosque da Esperança, em Belo Horizonte. O enterro será às 11h de quinta-feira, no mesmo local.

Segundo os últimos boletins médicos divulgados, o quadro clínico do cantor vinha apresentando melhora. Wando estava acordado, se comunicando e passava pelo processo de retirada do aparelho que o auxiliava na respiração. No domingo, o cantor enviou um bilhete para os fãs por meio de parentes que o visitaram. "Eu estou na oficina de Deus arrumando a turbina. Me aguardem!”, escreveu o artista.

Mais improvável símbolo sexual da música popular brasileira, Wando costumava admitir: “Na verdade, me acho até feio, mas é inegável que tenho um jeitinho todo especial com elas.” Ou então: “Sou um cara feio mas toco violão e falo de amor. Isso ajuda muito.” Ajudou-o, sim, a vender milhões de discos e a tornar-se  referência da canção muito romântica brasileira — brega, para quem preferir o termo. Com seus lábios grossos, ui-wando paixão e cantando “o amor para maiores de 25 anos”, o artista virou febre na segunda metade dos anos 1980, a partir do sucesso da música “Fogo e paixão” (que seria posteriormente cantada por Nando Reis, Fábio Junior, Demônios da Garoa e Wilson Sideral, entre outros). Nos anos 2000, a canção batizou um bloco de Carnaval no Rio de Janeiro — para o qual o próprio Wando ajudou a angariar fundos, autografando calcinhas e camisetas e doando uma tanga amarela do seu acervo pessoal.
“(‘Fogo e paixão’) é um sucesso de 1985, uma canção que gravei para minha ex-mulher, com quem fui casado durante 13 anos, a Rose (ela assina a autoria da música). Na verdade escrevemos essa música juntos”, contou Wando, em entrevista. Incluída no disco “Vulgar e comum é não morrer de amor”, a música rompeu a barreira das FMs e ajudou a firmar a imagem do cantor como a voz da franqueza sexual.
“Se há assunto em moda é o amor homem e mulher do jeito que eu canto nas letras: homem tem cheiro de homem, mulher tem cheiro de mulher. É real”, teorizava Wando, dispensando as metáforas (“não gosto de entrelinhas, prefiro o que vai direto ao coração”) e assumindo sua condição de cantor popular (“fazer a coisa complicada é muito mais fácil. O difícil é simplificar”).
Além de “Fogo e paixão”, Wando teve como grandes sucessos em sua voz as músicas “Moça” (com a qual vendeu mais de 1,2 milhão de discos, em 1974), “Coisa Cristalina” (“inspirada num amigo viciado em cocaína, que queria uma paixão tão avassaladora pela mulher quanto a que tinha pela droga”), “Chora Coração” (que “foi feita na morte de Tancredo para a dona Risoleta Neves”), “Eu já tirei a tua roupa”, “Gosto de maçã”, “O que que eu vou dizer para o meu corpo?” e “Deus te proteja de mim” — todos clássicos da canção popular brasileira.
Wando bateu recordes de bilheteria no Rio e em São Paulo com o show do disco “Obsceno” (1988, que teve mais de um milhão de cópias vendidas). No espetáculo do disco seguinte, “Tenda dos Prazeres” (1990), ele inaugurou um procedimento que se tornaria sua marca. “Resolvi colocar uma calcinha na capa do disco porque, se virasse ao contrário, ela parecia uma tenda. Comecei a distribuir algumas peças nos shows e passei a receber outras. Hoje, tenho 17 mil calcinhas”, recordou-se recentemente.
O show “Tenda dos prazeres” foi sua primeira superprodução, com tenda árabe, dançarinas do ventre e banheira de acrílico transparente. Ele pôs telões na rua para para o povo que não podia pagar o ingresso. O disco acabou vendendo 300 mil cópias em plena recessão da indústria. Em seus shows, Wando ainda sorteava suítes de motéis e bonecas infláveis e distribuía maçãs, pêssegos em calda e rosas.
Wando nasceu em Cajuri, cidadezinha perdida na Zona da Mata, antigo distrito do município de Viçosa, em 2 de outubro de 1945, e foi batizado de Wanderley Alves dos Reis. Ainda criança, mudou-se com a família para Juiz de Fora. Foi feirante, caminhoneiro e ainda tentou a carreira teatral em Belo Horizonte. Foi para o Rio em 1972, onde conheceu Oswaldo Sargentelli, que incentivou sua carreira. Seu primeiro LP, “Glória Deus no Céu e samba na Terra”, foi lançado em 1973. Nesse começo de carreira, Wando foi gravado por Roberto Carlos (“A menina e o poeta”), Jair Rodrigues (“O importante é ser fevereiro”), Ãngela Maria (“Vá  mas volte”) e Originais do Samba (“Velho poeta Pixinguinha”). Um de seus sucessos dessa fase inicial, “Nega do Obaluauê”, foi regravada nos anos 2000 por Pedro Luís e a Parede.
Apesar de pecha de brega, Wando orgulhava-se do seu engajamento político (participou de comício das Diretas em 1984, em Curitiba) e de ter sido censurado (nas canções “Boca calada” e “Jesus, negro bonito de olhos azuis”). Em 2005, ele lançou seu primeiro DVD, “Romântico brasileiro, sem vergonha” e iniciou parceria com Nando Reis (na canção “Minhas amigas”). Mas o cantor também experimentou dissabores na sua vida pessoal: em 1999, o filho Wanderley Alves dos Reis Júnior, o Wandinho Pitbull, foi preso após trocar tiros com seguranças de um condomínio na Barra da Tijuca.
Wando deixa quatro filhos e dois netos.

Leia mais sobre esse assunto em


Fogo e Paixão

Wando


Você é luz
É raio estrela e luar
Manhã de sol
Meu iaiá, meu ioiô
Você é "sim"
E nunca meu "não"
Quando tão louca
Me beija na boca
Me ama no chão...(2x)
Me suja de carmim
Me põe na boca o mel
Louca de amor
Me chama de céu
Oh! Oh! Oh! Oh! Oh!
E quando sai de mim
Leva meu coração
Eu sou fogo
Você é paixão...
Você é luz
É raio estrela e luar
Manhã de sol
Meu iaiá, meu ioiô
Você é "sim"
E nunca meu "não"
Quando tão louca
Me beija na boca
Me ama no chão...
Me suja de carmim
Me põe na boca o mel
Louca de amor
Me chama de céu
Oh! Oh! Oh! Oh! Oh!
E quando sai de mim
Leva meu coração
Você é fogo
Eu sou paixão...
Você é luz
É raio estrela e luar
Manhã de sol
Meu iaiá, meu ioiô
Você é "sim"
E nunca meu "não"
Quando tão louca
Me beija na boca
Me ama no chão...
Quando tão louca
Me beija na boca
Me ama no chão...(2x)



Moça
Moça me espere amanhã levo o meu coração pronto pra te entregar
Moça, moça eu te prometo eu me viro do avesso, só pra te abraçar
Moça eu sei que já não é pura, teu passado é tão forte pode até machucar
Moça, dobre as mangas do tempo jogue o teu sentimento todo em minhas mãos
Eu quero me enrolar nos teus cabelos
abraçar teu corpo inteiro, morrer de amor, de amor me perder


Saudades . . .

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Eu nunca trocaria meus amigos


Eu nunca trocaria meus amigos surpreendentes, minha vida maravilhosa, minha amada família por menos cabelo branco ou uma barriga mais lisa.  Enquanto fui envelhecendo, tornei-me mais amável para mim, e menos crítico de mim mesmo.  Eu me tornei meu próprio amigo ..
Eu não me censuro por comer biscoito extra, ou por não fazer a minha cama, ou para a compra de algo bobo que eu não precisava, como uma escultura de cimento, mas que parece tão “avant garde” no meu pátio.  Eu tenho direito de ser desarrumado, de ser extravagante.
Vi muitos amigos queridos deixarem este mundo cedo demais, antes de compreenderem a grande liberdade que vem com o envelhecimento.
Quem vai me censurar se resolvo ficar lendo ou jogar no computador até as quatro horas e dormir até meio-dia?  Eu Dançarei ao som daqueles sucessos maravilhosos dos anos 60 & 70, e se eu, ao mesmo tempo,  desejo de chorar por um amor perdido ...  Eu vou.
Vou andar na praia em um short excessivamente esticado sobre um corpo decadente, e mergulhar nas ondas com abandono, se eu quiser, apesar dos olhares penalizados dos outros no jet set.
Eles, também, vão envelhecer.
Eu sei que eu sou às vezes esquecido.  Mas há mais, algumas coisas na vida que devem ser esquecidas. Eu me recordo das coisas importantes.
Claro, ao longo dos anos meu coração foi quebrado.  Como não pode quebrar seu coração quando você perde um ente querido, ou quando uma criança sofre, ou mesmo quando algum amado animal de estimação é atropelado por um carro?  Mas corações partidos são os que nos dão força, compreensão e compaixão.  Um coração que nunca sofreu é imaculado e estéril e nunca conhecerá a alegria de ser imperfeito.

Eu sou tão abençoado por ter vivido o suficiente para ter meus cabelos grisalhos, e ter os risos da juventude  gravados para sempre em sulcos profundos em meu rosto.
Muitos nunca riram, muitos morreram antes de seus cabelos virarem prata.
Conforme você envelhece, é mais fácil ser positivo.  Você se preocupa menos com o que os outros pensam.  Eu não me questiono mais.
Eu ganhei o direito de estar errado.
Assim, para responder sua pergunta, eu gosto de ser velho.  Ele me libertou.  Eu gosto da pessoa que me tornei.  Eu não vou viver para sempre, mas enquanto eu ainda estou aqui, eu não vou perder tempo lamentando o que poderia ter sido, ou me preocupar com o que será.  E eu vou comer sobremesa todos os dias (se me apetecer).

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