quarta-feira, 12 de agosto de 2015



A magia de ser mulher depois dos 40
As mulheres da minha geração são as melhores. E ponto. Hoje têm quarenta e tantos, e são belas, muito belas, mas também são serenas, compreensivas, sensatas e, sobretudo, endiabradamente sedutoras. Isso apesar de seus pés de galinha, ou da afetuosa celulite que mora em suas coxas, mas que as fazem tão humanas, tão reais…
Lindamente reais.
Quantos anos tenho?
Tenho a idade em que as coisas são vistas com mais calma, mas com o interesse de seguir crescendo.
Tenho os anos em que os sonhos começam a acariciar com os dedos e as ilusões se convertem em esperança.
Tenho os anos em que o amor, às vezes, é uma chama intensa, ansiosa por consumir-se no fogo de uma paixão desejada. E outras vezes é uma ressaca de paz, como o entardecer em uma praia.
Quantos anos tenho? Não preciso de um número para marcar, pois meus anseios alcançados, as lágrimas que derramei pelo caminho ao ver minhas ilusões despedaçadas…
Valem muito mais que isso
O que importa se faço vinte, quarenta ou sessenta?!
O que importa é a idade que sinto.
Tenho os anos que necessito para viver livre e sem medos.
Para seguir sem temor pela trilha, pois levo comigo a experiência adquirida e a força de meus anseios.
Quantos anos tenho? Isso a quem importa?
Tenho os anos necessários para perder o medo e fazer o que quero e o que sinto.
José Saramago

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